Na Linha de Meus Ancestrais
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É bem verdade que um trabalho como esse de composição genealógica é
interminável e se dermos sorte, algum ascendente poderá vir se interessar e dar
seguimento a este trabalho no futuro, com suas características e preferências,
entretanto não poderia chegar ao fim deste meu trabalho sem tentar descrever o
quanto tudo isso significou para mim; pouco a pouco fui me apropriando das
lembranças que me foram contadas e junto a elas flashes de tantos momentos bons
foram pululando de minhas verdadeiras memórias, por vezes me emocionei com as
emoções descritas por meus primos, e me entristeci ao ver que alguns familiares, já
tão enodoados por suas vidas, mostraram-se aquém preferindo esquivassem de
qualquer colaboração. A persepção de quanto nós somos retalhos uns dos outros, e
quanta gente precisou fazer suas escolhas, certas ou erradas, a verdade é que
buscavam suas próprias felicidades e estas buscas traçariam de alguma forma a
essência de nossos DNA’s.
Quantas memorias foram revolvidas para que este trabalho visse a termo, rosto a
rosto, nomes e retratos tomavam forma e ganhavam suas histórias, muitas delas
inéditas para mim. Reler as cartas de papai ao vovô, em busca de seu primeiro
emprego; descobrir que mamãe é adotada aos seis anos de idade; ser apresentado a
tantos tios e tias esquecidos completamente em páginas esmaecidas da vida. Me
bateu uma saudade deste povo todo, dos momentos que passamos juntos na antiga
pensão dos tios Arantes / Padilha. As visitas dos tios maternos Ivaldo e Manuel, as
poucas memórias que carrego de minha avó materna, carregadas em minha
memória de um petiz de 3 anos. As lembranças de Marília, Santana (Rua Darzan, 355),
Arthur Alvim e por fim da Rua Colorado 349. O telefone da casa de vovó que nunca
saiu da memória “ (11)-290-5851, as festas de Confraternização no Departamento
Aeroviário do Estado de São Paulo – DAESP, me lembro de brincar com a máquina
de escrever na mesa de papai e que a sala da Tia Gueiga fica no final de um longo
corredor, a garagem onde o tio Whadir transformou em seu escritório; seu guarda-
roupas repleto de VHS, e acima da TV a icónica sandália de Carmem Miranda, isso
sem contar as tardes que ficávamos a assistir os clássicos do Walt Disney, Dumbo,
Branca de Neve e Dama e o Vagabundo, ou O Mágico de Oz e A noviça rebelde…
eslaides de memorias foram sendo regatadas para que este levantamento não
ficasse parecendo a copilação de uma imensa lista telefônica.
Espero realmente que no futuro este trabalho possa ser continuado e que os
possíveis erros que eu possa ter cometido, possam ser corrigidos, enfim só tenho a
agradecer primeiramente a todos os ancestrais, os quais tenho orgulho de carregar
o mesmo sangue e por fim a cada ascendente que me dou alguns momentos de
confidências e partilhou um pedaço de suas memórias.
Darlan Alberto Tupinambá Araújo Padilha
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