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A ilusão americana by Eduardo Prado –

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A ilusão americana

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Author: Eduardo Prado

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Language: Portuguese

Subjects: História, Geopolítica, Nacionalismo Católico

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A ilusão americana by Eduardo Prado –

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Mais um livro à disposição dos leitores. Esta é a segunda edição, publicada em Paris, visto que a primeira foi confiscada pelas autoridades quando lançada no Brasil, em 1894. Seu autor portava dois atributos que faltam aos 'conservadores' de hoje: era monarquista de verdade e católico de verdade.

 

Falemos do autor antes de comentar o conteúdo. Eduardo Prado nasceu em São Paulo (SP), em 27 de fevereiro de 1860. Era neto do Barão de Iguape e filho do fazendeiro Martinho da Silva Prado, produtor de café. Seu irmão mais velho, Antônio da Silva Prado, fora deputado federal pelo Partido Conservador (1869-1872).

 

Eduardo Prado fez seus estudos secundários no Colégio Jesuíta São Luís, em Itu (SP), para em seguida cursar a Faculdade de Direito de São Paulo (1875-1881). Complementou sua formação viajando pela Europa, onde fez amizade com Eça de Queirós, Joaquim Pedro de Oliveira Martins e outros expoentes do grupo 'Vencidos da Vida'. Consta que recebeu influência desse círculo, onde alguns membros – renegando a militância progressista mantida na década anterior – postulavam a regeneração da monarquia lusa através da "teoria do engrandecimento do poder real".

 

Ao périplo europeu Eduardo Prado acrescentou estadias nos países sul-americanos, nos Estados Unidos, na Ásia e no Egito, de modo que suas andanças totalizaram quatro anos (1881-1885). Teve então sua primeira e única oportunidade de servir ao Estado, como adido de 2ª classe da Embaixada do Brasil em Londres (1886-1887), a convite do Itamaraty.

 

O golpe republicano colheu-o de surpresa, quando tocava os negócios da família no Brasil. Dom Pedro II não era exatamente o ídolo nº 1 de Eduardo Prado, que lhe dirigira certos ataques no livro 'Viagens: América, Oceania e Ásia'. Entretanto, o novo regime era mais defeituoso do que o Império, aos olhos do advogado paulista. À crise fiscal somava-se o impasse na Assembléia Constituinte, onde a bancada militar demandava poderes centralizados na União, enquanto a bancada civil propunha um modelo federalista. Este último acabou prevalecendo no desenho da nova Carta, promulgada em 1891, mas na prática o País viveria sob ditadura até 1894, quando a oligarquia assumiu a direção do Estado e os generais voltaram aos quartéis. A política externa também caracterizou-se pelo improviso nessa fase de transição: dos oito ministros que chefiaram o Itamaraty em 1889-1894, apenas um completou um ano no cargo.

 

Ao observar o cenário acima, Eduardo Prado notou que a nova Constituição era associada, no discurso de alguns líderes, a uma pretensa modernização da qual o Brasil se beneficiaria ao ser absorvido na esfera de influência norte-americana. Era como se o País estivesse se livrando do entulho que restava, daquilo que o Sete de Setembro não conseguira eliminar. Havia chegado a hora d’a Revolução dar um passo a mais, já que o 15 de Novembro consagrara o triunfo da ala republicana sobre a ala monárquica da maçonaria, vitoriosa em 1824. Com efeito, os adeptos mais fervorosos do americanismo eram republicanos – Salvador de Mendonça, Rui Barbosa e Quintino Bocaiúva – e monarquistas liberais como Joaquim Nabuco, em cuja visão "a condição americana impunha ao Brasil romper com seus antigos laços ibéricos europeus, a fim de alcançar uma modernidade marcada pelo individualismo democrático" (RAMOS, Rui. A Monarquia Constitucional dos Braganças. Alfragide: Dom Quixote, 2018, p. 420)

 

Foi em resposta a essa movimentação que Eduardo Prado publicou 'A ilusão americana'. O autor empenhou-se, nalgumas passagens do livro, em demonstrar a superioridade da monarquia sobre a república (pp. 56, 65 e 160-165), assinalar o papel luminoso que a Igreja Católica vinha desempenhando (pp. 166-167) e criticar a moda de importar soluções 'made in USA' (pp. 54, 55, 56-57, 210-212, 222). Porém, é na temática geopolítica que reside o aspecto central da obra. A ilusão americana é uma ilusão porque a História está repleta de eventos que comprovam a perfídia dos EUA no seu trato com as nações ibéricas do continente. Eduardo Prado cita vários episódios, sendo que dez merecem bastante atenção:

 

(1) A Casa Branca intercedeu contra o Brasil na Guerra da Cisplatina (1825-1828), prestando auxílio ao inimigo e obstruindo a movimentação da nossa esquadra na Bacia do Prata. O embaixador americano no Rio de Janeiro, Condy Raguet, chegou a ameaçar o governo imperial com uma intervenção armada. Na prática, a neutralidade dos EUA no conflito foi uma farsa (pp. 28-32)

 

(2) A Casa Branca viabilizou a usurpação britânica das Ilhas Malvinas, até então habitadas por argentinos. As residências foram destruídas pela Marinha americana, que sequestrou os sobreviventes e largou-os numa praia do Uruguai, em 1831. Dois anos depois, a Inglaterra ocupou a ilha alegando que ela não tinha mais dono, malgrado os protestos de Buenos Aires (pp. 35-37)

 

(3) A Casa Branca intercedeu contra o Brasil na Guerra do Paraguai (1865-1870). Manteve dois embaixadores em Assunção durante o conflito: Charles Washburn (1861-1863) e Martin T. McMahon (1863-1869). Ambos usaram sua imunidade diplomática para operar como espiões em proveito de Solano López. Washington cogitou inclusive enviar uma esquadra à América do Sul para socorrê-lo. O Exército Brasileiro aparece coberto de ridículo no livro que Washburn publicou anos depois. McMahon seguiu a mesma linha ao enviar artigos contra o Brasil aos jornais americanos, com a guerra ainda em curso (pp. 38, 110, 122-127)

 

(4) Com o México os EUA chegaram às vias de fato, primeiro com a anexação do Texas, depois com a guerra que amputou metade do território daquele país. Feito o serviço, a Casa Branca reduziu a nação vizinha à condição de repasto, gerido por fantoches dóceis à sua embaixada. O México tornou-se paraíso da fortuna fácil para a horda anglo-protestante, que se adonava das riquezas nacionais a preço de banana (pp. 47-49 e 59-63)

 

(5) O corsário William Walker recebeu apoio da Casa Branca para invadir a Nicarágua com um exército de piratas e mercenários. Desembarcou no país, fuzilou parte da elite local e ocupou a Presidência por dez meses (1856-1857), durante os quais reintroduziu a escravidão e emitiu decretos estimulando a vinda de colonos norte-americanos, com apoio do Embaixador John Hill Wheeler. Este último protagonizou a cena mais grotesca da ocupação: urdiu a arapuca que resultou na captura e execução do Dr. Mateo Mayorga de la Cuadra, sobrinho do bispo Desiderio de la Cuadra. Seu crime? O livro não entra nesse detalhe, mas eu entro: durante a invasão, Mayorga mandara publicar uma circular conclamando a população a resistir pelas armas aos "inimigos declarados do catolicismo", porque "se essa gente conseguir se apossar da Nicarágua, ela perderá sua soberania e liberdade; e perderá uma coisa mais valiosa: nossa santa e divina religião". A orgia terminou quando quatro países vizinhos – Costa Rica, Honduras, El Salvador e Guatemala – formaram uma força expedicionária e intervieram na Nicarágua para extirpar o tumor, com apoio de voluntários locais (pp. 70-73).

 

(6) O Reino Unido contou com apoio dos EUA para anexar territórios de Honduras. Ocupando uma ilha atrás da outra, os ingleses foram alargando os limites de Belize – outrora denominada 'Honduras Britânicas'. O governo hondurenho pediu socorro a Washington, alegando que aquela intrusão violava a Doutrina Monroe. A Casa Branca respondeu, sim, entrando em acordo com Londres. Assim surgiu o Tratado Clayton-Bulwer (1850), por força do qual os dois países convalidaram as ocupações consumadas até aquele momento e regularam a neutralidade do canal interoceânico a ser construído na América Central (pp. 76-78).

 

(7) O Chile teve um pouco mais de sorte. A Casa Branca planejava forçar o país a devolver os territórios tomados do Peru na Guerra do Pacífico (1879-1883). Ali achavam-se associados os interesses de investidores peruanos e empresas americanas engajadas na exploração de guano, sob supervisão de Mr. Stephen A. Hurlbut, político republicano que servia em Lima como Embaixador dos EUA. Sua ação era encorajada pela Companhia Louis Dreyfus, pertencente a uma família judia envolvida no negócio. Washington escalou William Henry Trescot, um diplomata experiente, para viajar a Santiago e convencer o governo chileno, com instruções de ameaçá-lo com um ultimato se ele não cedesse. Durante as negociações o Chile foi salvo pelo gongo: o Presidente James Garfield foi assassinado. Seu sucessor substituiu o Secretário de Estado, James Blaine, por Frederick Frelinghuysen, que mandou cancelar a missão de Trescot em Santiago (pp. 95, 101-102, 109, 111, 112, 115)

 

(8) Contra o Brasil foi organizada uma expedição similar àquela feita contra a Nicarágua, no intuito de ocupar o Amazonas e o Pará. O olho gordo cresceu por conta d’uma missão científica que percorrera a região sob chefia do Tenente William Herndon, cujas impressões ficaram registradas no livro "Exploration of the Valley of the Amazon, 1851-1852". No ano seguinte, o Departamento de Estado pôs-se a sondar os governos do Peru e da Bolívia para que abrissem hostilidades com o Brasil e depois requisitassem apoio dos EUA. Lima refugou, enquanto La Paz ficou reticente. Foi o que bastou para que um exército mercenário começasse a ser equipado no porto de Jew York City, com dinheiro de sabe-se lá quem. Todavia, como é difícil manter em segredo preparativos de tamanha envergadura, o boato chegou aos ouvidos da Embaixada do Brasil, que repassou o informe ao Visconde de Abaeté, Ministro das Relações Exteriores. Interpelado duas vezes, o Secretário de Estado respondeu ao Embaixador do Brasil que desconhecia o empreendimento, posteriormente abortado. Muitos ataques são cancelados assim: o agressor desiste ao saber que não conta mais com o fator surpresa (pp. 135-138).

 

(9) Depois veio a moda dos tratados de livre comércio, por meio dos quais Washington buscava transformar os países americanos em mercados cativos e, por tabela, ganhar vantagem sobre a concorrência de potências extra-continentais. A idéia foi lançada na I Conferência Panamericana, realizada em 1889. O Brasil foi o primeiro a cair na arapuca, com a assinatura do Tratado Blaine-Mendonça (1891), assim chamado em alusão aos nomes dos seus signatários. Ao público local Salvador de Mendonça apresentou esse ajuste como um grande negócio, quando na verdade ele "causou dano muito grande às indústrias já estabelecidas no Brasil" (pp. 175-176, 179, 182, 186-188).

 

(10) O desprezo dos norte-americanos pelo Brasil transparece até nos detalhes dos monumentos oficiais. Quem tiver a oportunidade de visitar a capital dos EUA verá que diante do Senado há uma estátua de George Washington, esculpida por Horatio Greenough. O maçom aparece sentado num trono, em cuja lateral o artista talhou uma imagem mitológica: os irmãos Hércules e Íficles, o primeiro filho de Zeus, o segundo filho de um homem. Quem conhece a lenda sabe que ambos foram atacados por serpentes no berço, sendo que Íficles desatou a chorar e Hércules reagiu matando-as, fazendo jus à sua origem divina. A intenção de Greenough foi representar nesses irmãos a América do Norte e a América do Sul, a primeira forte e majestosa, a segunda fraca e covarde (pp. 189-191).

 

Agora voltemos à trajetória de Eduardo Prado, para concluir este texto já longo em demasia. Joaquim Nabuco tinha com ele uma relação cordial, visto que ambos eram monarquistas, mas a convergência aparente escondia divergências essenciais. O primeiro fora sempre católico, enquanto o segundo fora maçom ativo por décadas. Data de 1891 o registro da sua última presença numa reunião da maçonaria (Boletim do Grande Oriente do Brasil, ano XVI, nº 3, maio/1891, p. 2). Visões particulares sobre a diplomacia brasileira também congestionavam a relação do jurista pernambucano com o advogado paulista, conforme registrou o Prof. Ronald Hilton ('Joaquim Nabuco e a civilização anglo-americana', p. 35). E finalmente, o projeto monárquico de Eduardo Prado era um tanto peculiar, não seria uma mera restauração do regime deposto, que em sua opinião havia sido uma "monarquia republicana" ('Viagens: América, Oceania e Ásia', p. 94). Ele sabia que não podia – sob risco de ser apontado como cristão incoerente – defender a volta de um Império cuja tônica geral fora o anticlericalismo. Desse óbice tático resultaram outros diferenciais da sua atuação política, como notou o Dr. Cândido Motta Filho: "Eduardo atacou muito mais a República do que defendeu a Monarquia, ao passo que Nabuco dava a impressão, mesmo quando acusava a República, de que a estava defendendo" ('A vida de Eduardo Prado', p. 63).

 

A pregação de Eduardo Prado se fazia, basicamente, através de artigos publicados na imprensa. Envolvido na Revolta da Armada (1893), fugiu para Paris. Seu amplo apartamento na Rua Rivoli funcionava como QG de conspiradores no exílio. Um ano depois, voltou ao Brasil e fundou o Partido Monárquico (1895-1896), dissolvido por ordem do governador Campos Salles.

 

Eduardo Prado foi católico praticante e militante. Seu trabalho mais conhecido, intitulado "O Catolicismo, a Companhia de Jesus e a colonização do Brasil", foi apresentado na conferência comemorativa do tricentenário do Pe. José de Anchieta (1897). Neste e noutros escritos, a santa religião é apresentada como fundamento básico da nacionalidade e, por isso, aparece associada a uma rationale geopolítica de ocupação territorial e defesa da soberania nacional, sobretudo na Amazônia e demais zonas vulneráveis à infiltração externa. Eduardo Prado percebia que as 'missões' protestantes eram a vanguarda encarregada de corroer os valores locais e amaciar o terreno para a penetração econômica de potências estranhas à nossa formação: "os ingleses têm os seus missionários, que, caminhando do Norte para o Sul, têm vindo conquistando para o protestantismo, o que equivale a dizer, no caso, para a Inglaterra, os silvícolas daquela parte do Brasil" (Comércio de São Paulo, 21/11/1895, p. 1). A este comentário agregou outro artigo, intitulado 'A aliança anglo-americana', onde explicou o que estava em jogo:

 

"Na América, há um problema superior a todos os outros. Esse problema é o da coexistência dos povos latinos e dos ingleses (...). Se os povos latinos recuperarem, um dia, a liberdade e se os seus governos se voltarem ao cristianismo, poderemos garantir no futuro a existência das nossas pátrias. Se, triunfando sempre os nossos adversários, predominar o espírito bárbaro, que é a causa da supressão da liberdade e da tolerância, e se a impiedade dirigir os conselhos das nações sul-americanas, nós, os descendentes dos colonizadores ibéricos, tudo perderemos, a nossa língua e as nossas pátrias, diante da fatal invasão dos saxônios" (Comércio de São Paulo, 10/04/1896, p. 1)

 

E foi assim, no exercício da sua militância católica, por defender a Companhia de Jesus, que Eduardo Prado conquistou seu maior galardão. Foi incluído na lista negra da Maçonaria, que contra a sua pessoa editou um libelo de três páginas, onde figura o seguinte trecho:

 

"É preciso não possuir absolutamente noção alguma da História da humanidade para afirmar, como faz o Sr. Eduardo Prado, as benemerências dessa 'Companhia Anônima', que fez a vergonha da humanidade durante tantos séculos, e o faz ainda hoje e aqui mesmo no Brasil" (Boletim do Grande Oriente do Brasil, ano XXI, nº 6, agosto/1896, p. 324)

 

Eduardo Prado teve sua trajetória interrompida precocemente, em conseqüência da enfermidade que o matou no verdor dos 41 anos. Foi assistido no leito de morte pelo Monsenhor Francisco de Paula Rodrigues, em 30 de agosto de 1901. Sua primeira biografia foi escrita pelo Pe. José Severiano de Rezende ('Eduardo Prado: páginas de crítica e polêmica', Falcone & C. Editores, 1905). Era membro-fundador da Academia Brasileira de Letras e sócio do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro.

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